A parceria com a UNESCO

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Este artigo não poderia terminar sem uma referência à Cátedra de Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território, resultado de uma parceria com a UNESCO, na qual o Politécnico de Tomar assegura a coordenação da Cátedra. Alicerçada no campo das Ciências Humanas, com o foco na Sustentabilidade e nas Paisagens Culturais, estamos perante um plano que têm quatro grandes âncoras, como define o seu coordenador, Luiz Oosterbeek: a “educação e formação”, a “reconstrução da matriz sociocultural”; o “envolvimento dos stakeholders” e a “comunicação”.

No fundo, este é um projeto do Politécnico de Tomar e, especificamente, da vila de Mação para Portugal e o mundo. À escala global há a apontar um conjunto de 16 parcerias com Universidades e Centros de Pesquisa pelo mundo fora, da China ao Brasil. Mas as ligações com outras entidades também se fazem sentir à escala mais local e regional, nomeadamente com o Estado de Goiás, no Brasil, ou o município de Ribeira Grande, em Cabo Verde.

Mas desse encontro saiu ainda uma outra vontade: acabar com a distinção (e até preconceito) que ainda existe entre o mundo das Humanidades e o das Ciências e Tecnologias, algo que, em grande medida, também foi potenciado pelos próprios moldes em que o Ensino Superior está organizado. De mais uma dúvida e constatação saiu mais uma vitória. Desta feita da Conferência Europeia das Humanidades, com organização da UNESCO, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e outras entidades, que teve lugar este ano em Lisboa, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Foi aprovado “o princípio de que todos os cursos de Ensino Superior até ao doutoramento devem ter uma unidade curricular de integração entre Ciências e Humanidades”.

Luiz Oosterbeek reconhecia-o em maio, num artigo assinado no jornal regional O Mirante: “A missão é grande e ambiciosa, mas a rede é igualmente forte, flexível e resiliente. Da sua capacidade de interação com as comunidades nos diversos países depende, no essencial, o sucesso desta missão”. E que futuro pode ser esperado? Podes encontrar algumas pistas aqui.

Pedra a pedra, esta Cátedra parece estar a fazer o seu caminho. O mesmo acontece com os três centros de investigação que apresentámos ao longo deste artigo. Um novo ano letivo é altura de novos desafios e será, neste caso, certamente sinónimo de novos projetos.