A literatura tem muitos propósitos. Pode levar-nos a viajar para mundos mágicos ou pode ajudar-nos a compreender quem nos rodeia. Pode servir para nos avisar de um perigo, mostrando-nos uma possibilidade que não antevimos. Pode oferecer-nos empatia por situações que nunca atravessaríamos ou pode mostrar-nos uma sensibilidade que estava ainda por descobrir.
Deixamos-te aqui sete romances em que as personagens principais são estudantes. Com qual te identificas mais? E qual é a que te é mais distante?
#1 À Espera no Centeio, J.D. Salinger (1951)
Holden Caulfield poderá não ser um excelente aluno, mas tem sido uma leitura obrigatória para qualquer adolescente desde a publicação de À Espera no Centeio, principalmente devido às temáticas da angústia e da alienação, bem como a sua crítica à superficialidade da sociedade. Expulso da sua escola, Holden passeia-se por Nova Iorque durante três dias, explorando os meandros da pequenez humana, e a sua odisseia acaba por tornar-se a nossa.
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#2 Retrato do Artista quando Jovem, James Joyce (1916)
Esta obra segue a vida de Stephen Dedalus enquanto cresce e se vai desenvolvendo, culminando no seu despontar enquanto artista. Como seria de esperar, há um grande enfoque na vida escolar de Stephen, desde um colégio de jesuítas até à vida universitária. O próprio estilo da escrita evolui com a idade da personagem, procurando assim refletir o seu estado de espírito e as suas inquietações.
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#3 O Jovem Törless, Robert Musil (1906)
Na verdade, o título em alemão poderia ser traduzido como As Confusões do Jovem Törless, o que ganha relevância quando constatamos que é precisamente do que esta obra trata: as confusões interiores de um jovem aluno de um colégio interno austríaco. O jovem Törless procura compreender os valores morais da sociedade e o seu significado, nesta história desinibida, que não se poupa a retratar o bullying entre colegas.
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#4 Crime e Castigo, Fyodor Dostoyevsky (1866)
Um dos “romances psicológicos” mais famosos de Dostoyevsky, Crime e Castigo centra-se na angústia mental e nos dilemas morais de Raskolnikov, um estudante pobre em São Petersburgo, que engendra um plano para cometer um crime “justificado”. A culpa e a paranoia que se seguem conduzem o leitor por uma viagem voraz pela cidade decadente e pelas profundezas do abismo humano.
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#5 O Senhor das Moscas, William Golding (1954)
Um bando de alunos ingleses são os únicos sobreviventes de um desastre de avião, que os deixa sozinhos e abandonados numa ilha deserta. Se, a princípio, ficam maravilhados com o facto de não terem qualquer supervisão e procuram forjar a sua própria sociedade, a realidade depressa toma conta deles e traz à tona o seu lado mais primitivo. As tensões entre as dinâmicas de grupo e a individualidade de cada um, entre as reações emocionais e racionais e entre a moralidade e imoralidade asseguram que esta é uma leitura recheada de ação e de matéria para reflexão.
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#6 Sinais de Fogo, Jorge de Sena (1979)
Uma das melhores obras alguma vez escritas na língua de Camões, Sinais de Fogo conta a história do estudante Jorge e a maior parte da ação decorre no verão de 1936, na Figueira da Foz, para onde vai passar férias em casa de um tio. Aí se apaixona por Mercedes; desperta para a política e se descobre como poeta. História de iniciação e romance inacabado, Sinais de Fogo é um marco na literatura portuguesa pelos seus excessos e transgressões, bem como pela capacidade de mostrar a vida tal como ela é: contraditória e paradoxal, sagrada e profana, superior e mesquinha.
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#7 O Sétimo Herói, João Aguiar (2004)
Para quem sonha viajar para mundos fantásticos e repletos de magia, O Sétimo Herói de João Aguiar é a agência de viagens certa. Jorge tem 18 anos e, em bom rigor, é uma excelente definição do que é um nerd: usa óculos, é apaixonado pela leitura e sofre de uma crónica timidez junto das raparigas. As suas aventuras no mundo mágico de Lysitaya são uma reviravolta inesperada, onde encontrará elfos, monstros, princesas e dragões (nomeadamente um dragão que adora fazer palavras cruzadas!), sempre descritas com um sentido de humor muito característico.