#5 Inês Sousa 

«Sejamos ‘caloiros Covid’ com orgulho»


Inês Sousa                          

18 anos, e studante do 1.º ano do mestrado integrado em Medicina na Universidade do Porto 


Nesta estranha e atípica situação que vivemos, nós, estudantes do 1.º ano do ensino superior, vemo-nos apelidados de “caloiros covid”. Somos a fornada de alunos que inicia o seu percurso académico maioritariamente em casa. E, se há uns tempos se acreditava que seriam apenas uns meses até que tudo regressasse ao normal, agora apercebemo-nos que esta realidade perdurará.

Qualquer aluno que pretende ingressar no ensino superior idealiza a sua chegada. Contrariamente ao que alguma vez imaginei, encontrei um ambiente estranho: estávamos todos de máscara, cumprindo as normas de distanciamento necessárias.  Apesar de todo este protocolo, cumprido para evitar possíveis contágios, e com 2 cadeiras de distância entre cada um, lá fomos acenando uns para os outros, ou soltando uma piada ou um “Olá!” envergonhado. 

Do ponto de vista social, este tipo de ensino não fomenta as relações interpessoais entre os estudantes. E é assim que surge uma das maiores dificuldades que senti neste início, a convivência. Seja por receio de contágio ou por precaução, todos nós reduzimos o contacto com os colegas. Por outro lado, a aprendizagem torna-se cada vez mais difícil, já que estamos à distância de um ecrã, em casa, onde o índice de concentração é visivelmente inferior. No entanto, é de realçar que esta forma de ensino apresenta um ponto positivo para os estudantes que residam longe da faculdade. Uma vez que as aulas presenciais são reduzidas, estes alunos “poupam” o tempo das viagens de transportes

Apesar de todas estas diferenças em relação aos anos anteriores, não poderia estar mais feliz por ter iniciado o meu percurso. Assim, termino com uma frase que certamente todos nós já ouvimos: “Não há nada que não se faça”. Por isso, sejamos “Caloiros Covid” com orgulho.



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