“A faculdade não é nenhum ringue de boxe”
Carolina Caixeiro, 19 anos
Gestão do Lazer e Animação Turística
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Carolina Caixeiro começa por aconselhar aquele que vê como um princípio muito próprio: “É importante sabermos que nem sempre aquilo de que gostamos é aquilo que conseguimos fazer e está tudo bem. Não é nenhuma tragédia".
Relativamente às metas que se estabelecem e que os alunos tendem a tentar acompanhar, Carolina tem uma visão descontraída e positiva. “Não é porque outra pessoa consegue fazer o curso em três anos que todos temos de o fazer. Somos todos diferentes e cada um tem o seu ritmo. Se for preciso mais um ou dois anos não faz mal, não é vergonha nenhuma.”
O espírito de entreajuda é para Carolina algo de determinante na vida universitária. “A faculdade não é nenhum ringue de boxe. Às vezes há quem chegue a pensar que tem de ter as melhores notas e que é suposto ser competitivo. Não é assim. Pode até ter as melhores notas, mas estamos lá para trabalhar em conjunto e para nos ajudarmos uns aos outros.”
Estudar diariamente pode, de acordo com a Carolina, não ser o mais importante. “Digo mesmo que não estudem todos os dias, não vale a pena. Invistam, sim, no contacto com os professores e peçam-lhes ajuda. Eles estão lá para isso. Durante as aulas estejam atentos, tirem sempre apontamentos e troquem-nos com os colegas. Há sempre alguém que apanha qualquer coisa que nos escapou e que pode ser importante. Estudar em conjunto também ajuda imenso”, conta.
Em termos de integração num novo mundo que nesta fase passamos a conhecer, Carolina deixa o seu conselho: “As praxes ajudam muito. A maior parte das pessoas que conheço na faculdade são aquelas com quem tive contacto durante as praxes. Por outro lado, também é bom que se saiba que no ensino superior já ninguém quer saber de onde vimos, nem o que vestimos. As pessoas estão sobretudo interessadas em fazer amigos que possam seguir com elas para o resto das suas vidas. Não se preocupem tanto com a imagem, mas mais com o interior. Na faculdade encontramos, de facto, um espírito de entreajuda muito familiar, o que é fantástico.”